sábado, 21 de agosto de 2010

Regras obscuras é coisa de Roleplayer!

Este possivelmente vai ser o último post deste blog.

Aliás, espero que seja.

Mas não se preocupe! A sua fonte de Regras obscuras RPGísticas não morreu!

Agora eu vou fazer parte do blog Roleplayer, mas a unica coisa que muda são as imagens (agora mais bonitas!).Basta entrar no blog e procurar qualquer post da série "Regras obscuras".

E não se preocupem, suas matérias preferidas vão continuar no ar!

Aproveitem e confiram a minha matéria de estréia no Roleplayer: Ars magica: Compartilhando personagens e histórias.

E bons dados!

sábado, 14 de agosto de 2010

Persona: um jeito alternativo de criar personagens

Persona talvez não tenha sido o primeiro RPG a usar o conceito de desenvolvimento de personagem durante o jogo (DIP na sigla em inglês), mas sem dúvida é um sistema que enfatiza isso ao máximo.

A idéia é que você comece o jogo com uma folha em branco, apenas com o nome do personagem, um conceito simples e um trailer. Isso mesmo, como se fosse uma apresentação de cinema, simples, que descreve seu personagem fisicamente e dá uma idéia de o quão estiloso ele é.

Feito isso, começamos o jogo. Assim, sem mais nem menos? É, assim mesmo. Conforme o jogo vai rolando, você vai precisar de certas habilidades, chamadas fragmentos, para vencer alguns desafios. A idéia é que, quando um desafio importante aparecer, você DEVERÁ comprar ao menos um fragmento.

Exemplo: Jean Boiteux é um assassino profissional, entretanto ele precisa de um veículo, e rápido, pois a polícia está vindo. ele pára um carro e tenta intimidar o dono para conseguir levar o carro. O narrador decide que a dificuldade deste desafio é 7, você rola os dados e tira 5, entretanto, como você rolou um desafio, você é OBRIGADO a comprar pelo menos um ponto em algum fragmento. Você decide que Jean sempre carrega sua Magnum no coldre, pois foi um presente de seu desaparecido mentor,, e compra o fragmento "Magnum maestra" valendo 2 pontos. O mestre entende que este fragmento realmente ajuda neste desafio, então você soma seu 5 ao 2 da Magnum e vence o desafio.

Note que você não evoluiu, você apenas descobriu algo que seu personagem sempre foi, um cara que sempre carrega uma magnum. A idéia é justamente você ir descobrindo seu personagem durante o jogo, adicionando fragmentos (que são divididos em várias categorias) que ajudam a descrever seu personagem, conforme eles vão sendo necessários.

A principal vantagem desta idéia é que, como o desenvolvimento do personagem se dá a cada desafio, você dificilmente terá alguma coisa inútil na sua ficha, ou que não funciona "como você imaginava". É como você ser um mago e aprender somente magias de combate, e durante o jogo você descobre que as outras magias seriam mais importantes ou mais divertidas.

Não menos interessante, é o fato de que seu personagem será muito mais heróico, pois, no momento que alguma coisa é adicionada à personalidade dele, todos estarão vendo, ou seja, você sempre terá a oportunidade de brilhar! E os personagens vão ficando ainda mais interessantes conforme o jogo vai rolando!

Além disso, isso cobre aquele clássico problema de "eu sou um mago, matei dez orcs e agora eu sei falar élfico!".

Conforme o jogo vai passando, você também pode ir evoluindo fragmentos que você já possui, com o background adequado é claro, e aos poucos você vai cada vez menos "descobrindo seu personagem". e mais progredindo ele.

Persona foi escrito por Tim C. Koppang, é um jogo gratuito que promete uma nova visão dos personagens, vale a pena conferir!

Abraços e bons dados!

sábado, 7 de agosto de 2010

DVREEM RPG - Em dupla e sem dados!

Não é a primeira vez que posto um sistema que não usa dados aqui no Regras Obscuras, mas é a primeira vez que posto um sistema que não usa nada.

Não estou me referindo ao papel e lápis, mas àquelas coisas que normalmente são usadas para substituir os dados na função de "gerar aleatoriedade". Este sistema é baseado em duas coisas: A ficha do personagem e suas capacidades (Ficha com 16 "skills" e alguns "talents" que seriam como especializações de skills) e a intenção dos personagens, seja o do mestre, seja o do jogador.

Além disso, o jogo foi desenhado para ser jogado com apenas duas pessoas, um narrador e um jogador (mas nada impede que se jogue em grupos maiores) o que é algo realmente estranho para nós que estamos acostumados a reunir a "galera" em casa e jogar, ou ainda pegar um livro e jogar sozinho.

Uma proposta deveras ousada, que usa em vez de regras detalhadas e limites bem definidos ao que o jogador e o mestre podem ou devem fazer, muito diálogo e dicas do porquê se joga RPG.

Por este motivo, este arquivo é altamente recomendado para mestres que buscam aprimorar sua narrativa e proporcionar um jogo mais divertido para ele e para seus jogadores, e também para game-designers, pois dá uma série de dicas muito importantes de o que faz um jogo divertido e qual a estrutura de um bom jogo.

Uma das dicas que eu gostei muito, é de como manter a tensão de um jogo. Em situações tensas é interessante perguntar ao jogador coisas tipo: "tem certeza?","e agora?", "o que seu personagem está achando disso?", etc., de forma que o jogador, tal como o personagem, não tenha tempo de tomar decisões calmamente.

Escrito por "Davids", Dvreem também conta com um cenário próprio e regras opcionais para o uso com dados.

abraços e bons dados!

PS.:Agora que começaram as aulas, minhas postagens provavelmente ficarão mais irregulares, mas tentarei manter a meta de um post/semana

PS.2:para aqueles que têm dificuldade de ler em inglês, ou às vezes falta alguma palavrinha, recomendo:Google translate